Não é nada, é apenas um súbito,
Não é nada não, é só o tempo cantando ilusões.
E o catavento de ferro no telhado espalhando intenções
Fazendo a voz voar por cima das ondas curtas e modular
E no barquinho de lembranças, vou nas ondas
Ouvindo as canções
que se escuta por lá
Lá vou eu, outra vez lá no lugar das recordações
Piso a entrada do portão de madeira
E deixo a mão empurrar a porta entreaberta como que a esperar
Lá dentro a voz inquieta curiosa me diz: vem pra cá !
Vou lá, sento a beira da cama olha as cobertas desfeita
Atiro-me satisfeita sobre elas com aquele perfume familiar.
Fecho os olhos, aceito
agradecida, que é mesmo aqui o meu lugar.
Razanil Shamir
22-12-2014
“ A casa de minha avó Deolinda existe até hoje.(foto acima com minha tia e meu tio)
Meu tio Lélio se foi em 29/11/1999 e minha tia Amélia morou
nela até sua despedida derradeira em 23/05/2015.Agora eu irei morar ai.
Foi nessa casa que eu vivi minha infância.
Nas minhas lembranças é nela que me escondo para reviver .
Ela me ajuda a não soltar a mão da criança que viveu ali e ainda vive em
mim.”
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